Desde o seu nascimento, o direito é, em essência, um poder moral repleto de juízos de valor que conduziria o homem ao seu fim natural que é o bem.
O jurista romano Paulo afirmava que “os preceitos do direito são: viver honestamente, não lesar terceiros e dar a cada um o que é seu.” Esses preceitos são também morais e estão em comunhão com a experiência jurídica.
Experiência jurídica, sintetizava Miguel Reale, seria “uma ordenação normativa de fatos segundo valores”.
Esse poder moral, então, embute valores que repercutem na ordem jurídica.
Durante séculos, o Ocidente cristão obedeceu a esse tipo de normatividade.
A indissolubilidade matrimonial como valor incontestável, por exemplo, surgida na religião era um poder moral numa ordem jurídica inatacável, só passando a ser questionada após o processo e martírio de São Tomás Mórus.
Hans Kelsen, um dos filósofos do direito mais influentes do século XX, retirou toda essa característica fundamental do direito.
Ao fazer isso, afastar o direito da moral, abriu a porta do ordenamento jurídico para as contaminações das ideologias totalitárias(nazismo e comunismo) e para o relativismo(liberalismo, hedonismo e niilismo, etc), pragas culturais resistentes e mais presentes do que nunca no século XXI.
Restituir ao direito o seu poder moral é de vital importância, tanto para sobrevivência deste como da sociedade.
Para mais texto sobre o tema Direito como poder moral, clique no link abaixo:
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Artigo excelente.
Último parágrafo: a única solução possível.
Um abraço!
Obrigado. Abraço.