Com Lutero, separou-se a fé da razão; com Descartes, afastou-se a razão da fé; Rousseau, diante desses abismos intransponíveis, estabeleceu que o meio, a sociedade corrompia o bom ser humano que nascia bom e puro, então, seria necessário tornar a sociedade melhor e assim o homem estaria seguro para continuar a manter sua bondade e pureza. As transformações e rupturas no pensamento ocidental seguiram seu curso implacável até chegar ao ponto de ser rediscutida nos seus próprios fundamentos e chegamos ao advento filosófico da “morte de Deus” preconizado por Nietzsche. Sendo assim, os fatos, sua interpretação, e os valores que surgem daquelas rupturas estarão de acordo com uma espécie de absolutização do desejo humano sem parâmetros religiosos ou morais tradicionais que embasavam anteriormente toda a cultura, o agir humano e o direito.
O Direito, então, é, sob a ótica da modernidade, um conjunto de leis ou decisões judiciais em conformidade com o existir humano e a subjetividade. Essa conformidade é unida através da comunicação intersubjetiva e da ação de grupos de interesse que reivindicam seus direitos sem levarem em consideração uma grave obrigação moral ou a tradição.É a teoria do agir comunicativo de Jurgen Habermas que dá essa medida do direito nos dias de hoje, senão vejamos:
“Não se pode mais pensar em organizar relações sociais a partir da força coativa e vigilante de uma ordem jurídica fundada no medo e na sanção dos que estão a ela vinculados. Mas sim, numa ordem jurídica calcada no comando no compartilhamento intersubjetivo de vontades, sob pena de faltar ao ordenamento jurídico legitimidade, eficácia e identidade fática”.
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