“Não existem fatos, apenas interpretações”, afirmava Nietzsche.
Nos estudos sobre a moral do eminente filósofo alemão, admitia que existia uma “moral dos escravos” que vinha do cristianismo e uma moral superior ditada pelo “gênio da raça” que destruiria todo edifício ético até então estabelecido e fundaria uma nova moral, a moral do “super-homem”.
Com a porta aberta da interpretação subjetivista ilimitada, dizia que o fato é algo puro, desprovido de valor fruto de um ato gratuito, cabendo ao hermeneuta filósofo dá-lhe sentido e consistência.
Então, nessa aventura subjetivista da humanidade, preconizada por Nietzsche, é interessante observar as defesas que as pessoas fazem de pessoas e de coisas movidas por uma passionalidade acrítica e amoral, resultado de uma concepção subjetivista e relativista da vida que tende a se absolutizar num objeto qualquer, numa pessoa ou se evaporar no niilismo.
Por exemplo, o estado moral e psicológico de gente que defende infratores da lei, sejam políticos ou não, pode ser diagnosticado como uma psicopatia ou cumplicidade deletéria relacionada aquela concepção subjetivista.
De tal forma é assim que grande parte dessa gente se deteriora em sua relação com a família, trabalho, amigos, religião e passa a acreditar somente nos ditames de uma política, de um líder, de uma seita, etc.
É a substituição dos verdadeiros relacionamentos, da boa conjectura, da verdadeira religião, pela crença naqueles que, conforme dizia Nietzsche, “mataram” Deus.
Na mente do ser humano corrompida por essa desgraça, opera o desejo subjetivista de “super-homem” em que tudo pode e em que todos devem dar graças ao “gênio da raça”.
A vida, com esses contornos acima descritos,, é simplesmente a multiplicação das angústias sem fim, sem amigos, sem parentes, sem Deus, até o silencioso apagar das luzes. #Nietzsche #subjetivismo #filosofia #humanidade
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