A Justiça como princípio democrático e o exemplo de Dante
A Justiça como princípio democrático e o exemplo de Dante
Dante, admirador de Aristóteles, em glorioso elogio ao Estagirita lhe fez Justiça nos imortais versos da Divina Comédia:
“Olhando um pouco a frente vi o imortal
Mestre de todo homem de saber sentado em reunião filosofalHonraria todos vão lhe oferecer, Sócrates vejo entre eles e Platão, mais próximo que os outros, a o entreter.”
Santo Tomás de Aquino, na Idade Média, desvendou o pensamento de Aristóteles para o mundo e teve profunda influência no pensamento medieval.
Para Aristóteles, fundador da moral como ciência, a justiça é uma virtude cardeal.
Dante, seguindo os passos da sabedoria aristotélico-tomista participou ativamente da política florentina e fez parte do governo de Florença no seu viés mais justo e democrático.
Em Florença, no século XIII, o poder oscilava entre os ricos e os cidadãos. Os ricos, representados pela nobreza, dominavam Florença.
Numa revolta comandada por Gianni della Bella, os magnatas foram excluídos dos cargos públicos, o que possibilitou Dante, de linhagem menos nobre, alçar cargo político.
A formação política, depois dessa “revolução”, era feita com diversas pessoas da comunidade, sendo conduzidas a conselhos e distribuía o poder de forma equilibrada, onde a justiça era a guia da sociedade.
As deliberações dos conselhos deviam obedecer, então, ao “Ordinamento della giustizia”( Leis da Justiça), buscando o bem comum do povo florentino. Mesmo depois de terminar seu mandato no “Conselho dos cem”, Dante serviu a causa pública movido pela justiça e não se submetia, nem mesmo, a um pedido de um Papa, o governante mais importante naquela época.
Em sua biografia consta:
“Em abril de 1301, ele foi designado para supervisionar o alargamento e o conserto de uma estrada em Florença, obras feitas para que reforços pudessem ser trazidos para proteger a cidade contra o ataque dos magnatas ou contra o retorno dos gibelinos exilados. No dia 19 de junho daquele mesmo ano, ele participou de dois debates. Nas duas ocasiões ele se opôs ao pedido do Papa Bonifácio VIII, que solicitou o apoio de Florença para uma campanha que ele estava empreendendo contra inimigos pessoais. Um movimento para enviar dinheiro …
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# Princípio democrático
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ODILON SILVEIRA SANTOS ROCHA
Era o Bolsonaro da época.
Sem toma lá dá cá. Moral!
Justiça e totalitarismo digital - Guedes & Pires Braga Advocacia
[…] Para ler mais sobre o tema justiça, clique aqui. […]