A legislação de Smierdiàkov
Desde 2016, a Juventude Liberal da Suécia (LUF) ligada ao Partido Popular Liberal Sueco aprovou uma moção para promover, em seu país, a necrofilia e o incesto.
A líder da LUF, Cecília Johnson, alega, para tanto, que não gosta das leis morais.
Disse ela: “Não gosto das leis morais em geral”.
Ou seja, ao não gostar dessas leis e tentar garantir as práticas da necrofilia e do incesto, necessário se faz a mudança da legislação e uma transformação ou abolição da moral.
Para além da questão político/legal, existe o problema moral.
A primeira expressão da obrigação moral é o primeiro princípio:”o bem deve ser feito e o mal evitado”. É evidente por si mesmo.
Nesse caso, aos mortos, por exemplo, temos que dar um enterro digno, não desejá-los sexualmente.
Com relação ao incesto, fica evidente que o descontrole dos impulsos sexuais no seio familiar leva a destruição da família.
Para os defensores do incesto e da necrofilia, o que se nota é a impossibilidade da distinção do bem e do mal.
Já estão imersos num nada de valores e de moral, restando somente pleitear a liberdade ilimitada para autorizar a prática de qualquer ato que seja conveniente a um indivíduo ou grupo.
São quase como o personagem Stavroguine no livro “Os Demônios” de Dostoiévski.
Stavroguine confessa:
“Foi nesse momento enquanto tomava chá e conversava com meu grupo que, pela primeira vez na vida, constatei claramente que não compreendia e não sentia o bem, nem o mal; não somente eu perdera o sentimento de ambos, mas o bem e o mal, em si, não existem(o que me era agradabilíssimo). Não passavam de preconceitos; e decerto poderia me libertar de qualquer preconceito, mas, se atingisse essa liberdade, estaria perdido.”
É desse niilismo que nascem aquela moção e a vontade de aprovar uma lei que permita a necrofilia e o incesto.
Nem moral, nem Deus. Somente a vontade de poder, o egoísmo e a liberdade sem limites das pessoas.
Esse exemplo sueco é só um no meio de decisões judiciais(ativismo judicial que legisla também) e infindáveis legislações que se afastaram da ética, da religião, da racionalidade e do bom senso.
A legislação deles, do tudo é permitido, além de ser explicada por Stavroguine, pode muito bem ser representada por outro personagem de Dostoiévski, Smierdiàkov, nos “Irmãos Karamazov” que diz:
“Ainda mais porque tudo é permitido…pois se Deus definitivamente não existe, então não existe nenhuma virtude, e neste caso, ela é totalmente desnecessária.”
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