“A absolutização da democracia é algo a ser discutido. Democracia é um processo político, não algo plenamente executado, perfeito.
Tomás de Aquino dispõe sobre o “governo do povo”, em sua obra: “Do governo dos príncipes ao Rei de Cipro”: “Assim como sucede, em certas coisas ordenadas ao fim, também no “governo do povo” se dá o reto e o não reto.
Uma coisa se dirige retamente quando vai para o fim conveniente” “Se, contudo, o governo se ordenar, não ao bem comum da multidão, mas ao bem privado do regente, será injusto e perverso.”
Daí decorre o apotegma “Vox populi, vox Dei” (a voz do povo é a voz de Deus), quando o consenso geral afirma justiça de alguma coisa. Mas, como na definição do Aquinata é necessário que esse consenso geral seja feito retamente, caso contrário, teremos o seu inverso: “Vox populi, vox diaboli”(a voz do povo é a voz do diabo).
Muitos tiranos chegaram ao poder pela via democrática. Exemplo clássico disso: a chegada de Adolf Hitler ao governo da Alemanha nos braços do povo!
Dessa forma, uma democracia sem valores consistentes (sem a retidão) pode muito bem cair na tentação de impor, por ser maioria, algo injusto, “sendo então todo o povo como que um só tirano”.
Exatamente aquilo que T.S Eliot chamava de “democracia totalitária”. Algo parecido já acontece onde a ideia advinda do pensamento “politicamente correto” se impõe a toda sociedade como verdadeira tirania.
* Atual ilha de Chipre
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# A questão da democracia em Tomás de Aquino
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