Ciência, positivismo científico e causalidade. A questão do tratamento de uma doença sem comprovação científica
“Fatos não deixam de existir só porque são ignorados” (Aldous Huxley).
Assunto de extrema relevância e que não deve ter nenhuma conotação política, muito se tem falado sobre a possibilidade de se tratar uma doença mesmo sem a devida comprovação científica do tratamento. A questão assume mais importância ainda em tempos de pandemia.
Necessário irmos ao cerne da questão para esclarecer esse assunto.
Em ciência, o conjunto de processos de verificação de hipóteses chama-se experimentação.
A experimentação, por sua vez, consiste em que nas mesmas circunstâncias, as mesmas causas produzam os mesmos efeitos.
Os fatos são verdades existenciais bem constatadas e a lei científica, dessa forma, nada mais é do que o fato real abstraído da experiência de acordo com a causalidade.
No entanto, o positivismo científico rejeita a causalidade e só admite a descrição do fenômeno como base da ciência. Por isso mesmo, não aceita o fato que uma ou várias pessoas se curaram ao tomar remédios que não tiveram a prova da conexão fenomenológica.
Maritain, em sua obra “Filosofia da natureza”, explica esse estado de coisas que rebaixa o conhecimento científico:
“Para o positivismo, a ciência se caracterizará, portanto, antes de mais nada, pela eliminação de toda preocupação ontológica.
Requer-se então que se afaste toda preocupação ontológica e ao mesmo tempo toda preocupação em explicar pelas causas, a ciência se reduzirá às leis, às conexões dos fenômenos, sua tarefa consistirá unicamente em descrever fenômenos e procurar ligações estáveis entre eles”
“Como escreve Meyerson, ao descrever essa concepção positivista da ciência: “mesmo se somos convidados a formular suposições, hipóteses, elas devem ter por único objeto uma regra empírica ainda desconhecida”. O próprio Augusto Comte em seu “Curso de Fiosofia Positiva” afirma: “toda hipótese física para ser realmente julgada, deve dizer respeito exclusivamente às leis dos fenômenos, e jamais a seu modo de produção”(porque dizer modo de produção é dizer causalidade)”.
Dessa forma, como demonstrado acima, os fatos e a causalidade foram relegados a um plano marginal na ciência, mas a verdade é que os fatos e a causalidade existem. Verdade também que há mais curados(muito mais) do que mortos nessa pandemia.
Se existem curados é porque existe tratamento e cura, ou então estaríamos diante de milhares de casos de recuperação espontânea de pacientes e essa doença, por conseguinte, não seria tão grave assim.
Se são recuperações espontâneas, então ninguém precisaria ir para o hospital, pois lá só existiriam tratamentos paliativos sem propriedades curativas, mas o que se observa e é amplamente divulgado é que há protocolos com vários medicamentos (dois ou mais) para serem usados no caso dessa pandemia de covid-19 e ainda existe a recomendação de que a medicação deva ser usada no início da doença.
Sendo assim, podemos concluir que médicos prescrevem remédios para tratar os pacientes acometidos de covid-19, milhares são curados (a imensa maioria), logo há tratamento, cura e a relação de causa e efeito está demonstrada, ainda que alguns cientistas, outros médicos e defensores radicais do positivismo científico neguem os fatos e a causalidade.
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Excelente exposição e análise do maior embuste, ou engodo, como quiserem, do século. Por enquanto.
Defensores do caos e da destruição dos valores ocidentais - arduamente conquistados - , apologistas do menos, da ignorância e da falta de estudo, não têm a mais mínima autoridade para falar sobre esta questão do vírus.
O mínimo que disseminaram causou o máximo de estrago. Esse era o intento da “ciência” deles.