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Jack London e a guerra biológica

Jack London e a guerra biológica

“Se o leitor estivesse de novo em Beijing seis semanas depois teria procurado em vão pelos 11 milhões de habitantes. Poderia encontrar alguns deles. Algumas centenas de milhares, talvez, com os corpos fétidos, nas casas e nas ruas desertas, e formando altas pilhas nos vagões da morte, deixados abandonados” (Trecho do conto “Uma invasão sem precedentes” de Jack London)

Grandes escritores, às vezes, fazem profecias em suas obras. Podemos citar “Admirável mundo novo” de Aldous Huxley; “1984” de Geoge Orwell; “Laranja mecânica” de Anthony Burgess, entre outros.

E como dizia Oscar Wilde: “A vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida”.

O caso de uma guerra biológica contada pelo escritor Jack London, em 1910, parece ter sido imitado, mas invertendo os papéis dos protagonistas.

London cobriu, como jornalista, a guerra entre Japão e Rússia no início do século XX.

Saiu desse episódio perplexo ao observar o poderio japonês e suas armas modernas.

Além disso, ficou perturbardo com aquilo que chamou de um possível aprendizado da China e do consequente “perigo amarelo”.

Temia London, que a China, com seu tamanho e população, aprendesse com o Japão, industrializando-se e dominando armas modernas fabricadas em laboratórios.

Dessas impressões, ele escreveu o conto “Uma invasão sem precedentes” onde narra uma China, já como a de hoje, uma superpotência econômica e militar, a ameaçar o mundo e que acaba sendo destruída por armas biológicas.

Na fantasia literária e quase profética de Jack London, “um germe novo e tremendamente mortal” ao qual ninguém é imune foi criado em laboratório e será usado contra o inimigo. Para quem está mais familiarizado com a cultura pop do áudio-visual, podemos remeter, em termos aproximados, ao sucesso de bilheteria “Operação Overlord” onde monstruosidades biológicas são criadas em laboratório para serem usadas em combate.

Nesse inventivo conto, a nação destruída é a China e o germe criado em laboratório é americano.

Hoje, na verdade, parece que a vida imitou a arte e ocorre o inverso: o germe é chinês e o resto do mundo é que está sendo destruído.

Para ler sobre a pandemia do medo provocada pelos meios de comunicação, clique aqui.

Luís Fernando Pires Braga

Advogado.

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