“O moderno credo anticristão e a excomunhão social”. Reflexões sobre política, moral e sociedade a partir dos ensinamentos de São João Paulo II e Bento XVI.
“O moderno credo anticristão e a excomunhão social”. Reflexões sobre política, moral e sociedade a partir dos ensinamentos de São João Paulo II e Bento XVI.
Thomas More, parecendo prever todo credo anticristão da modernidade, afirmava que não se “podia separar o homem de Deus, nem a política da moral.” Mas, a modernidade é exatamente isso: um imenso abismo entre Deus e os homens, porque estes assim preferiram.
Quando falamos em moral temos em vista a consciência(interioridade) do ser humano sobre o bem e o mal e a sua atitude diante disso(o modo como se exterioriza).
A moral de um cristão, evidentemente, tem que estar de acordo com o cristianismo: consciência e ação.
São João Paulo II, em entrevista histórica a André Frossard no início de seu pontificado, disse:
“O Cristo ensina a moral. O evangelho e os outros textos do Novo Testamento o mostram de maneira indubitável. Sabemos que o Decálogo, os dez mandamentos da lei moral da Antiga Aliança, foi confirmado pelo Evangelho, que nos diz que, dos dois mandamentos do amor de Deus e do próximo, o primeiro é o maior, e o segundo, semelhante ao primeiro.”
Na própria vida e, por conseguinte, na política e perante à sociedade, o cristão não pode agir moralmente contra os ensinamentos do Cristo.
No entanto, é lamentável observar como alguns cristãos agem de maneira vacilante em relação a isso.
Por exemplo: uma pessoa que se diz cristã e deve ser contra o aborto, mas, ao mesmo tempo, milita a favor de que a mulher decida o que fazer com a criança em seu ventre(eliminá-la ou não).
E, às vezes, se não é a militância, é a concordância ideológica, através do voto, com partidos progressistas que defedem o aborto, eutanásia, ideologia de gênero, etc.
A atitude exterior colide com a interior.
A moralidade objetiva contradiz a moralidade subjetiva.
“Ensinando a moral, o Cristo levava em conta estas duas dimensões: a dimensão social e até pública e a dimensão interior. De acordo, porém, com a própria natureza da moral, do que é moral, atribuía uma importância primordial à dimensão interior, à retidão da consciência humana e da vontade”, explicara o Santo Padre.
Assim, por essa dimensão interior, deve o cristão se opor a políticas que sejam contrárias ao que é Revelado por Deus na Bíblia e ao magistério da Igreja, devendo inclusive usar da objeção de consciência ainda que seja imposto algum comportamento ou atitude prevista numa lei injusta.
Bento XVI, em concordância com São João Paulo II, numa recente entrevista ao jornalista Peter Seewald, abordou o tema do moderno credo anticristão e advertiu sobre o risco da “excomunhão social”.
Ao ser perguntado sobre qual seria a maior ameaça ao Ministério Petrino, disse:
“A verdadeira ameaça para a Igreja e, portanto, para o Ministério de São Pedro consiste na ditadura das ideologias aparentemente humanistas e contradizê-las constitui uma exclusão do consenso social básico.”
“Cem anos atrás todos teriam pensado que seria absurdo falar sobre o casamento gay. Hoje, quem se opõe, é excomungado socialmente. O mesmo se aplica ao aborto e à produção de seres humanos em laboratório”, continuou.
“A sociedade moderna está no processo de formular um credo anticristão”, concluiu o Papa emérito.
Ao contrário de seus predecessores, o Papa Bergoglio rompeu com o magistério católico em alguns temas e colabora com a sociedade na elaboração desse credo.
Ele é hoje um apóstolo da fraternidade universal sem Nosso Senhor Jesus Cristo, da “conversão ecológica”, do relativismo moral e da religião onde o sobrenatural fica em segundo plano como transparece nessa última encíclica.
Um Papa, portanto, vacilante em questões morais e espirituais, politicamente progressista que colocou a Igreja de joelhos perante à China, enfim, um líder religioso que prega o moderno credo anticristão, uma ameaça concreta ao Ministério de São Pedro.
Recent Comments
ODILON ROCHA
Artigo franco e verdadeiro.
Infelizmente, essa é a verdade.
Mantenhamo-nos unidos em torno do ideário cristão.
Um feixe de varas tem mais força.