O patriotismo como virtude e a questão da eternidade da pátria no encontro histórico entre o filósofo Jean Guitton e Charles de Gaulle
O patriotismo como virtude e a questão da eternidade da pátria no encontro histórico entre o filósofo Jean Guitton e Charles de Gaulle
A política, dada a sua característica de manipulação, instrumentaliza quase tudo inclusive a pátria.
Por isso mesmo que o patriotismo tem que ser uma virtude.
Não se pode cair no erro de confundi-lo com o nacionalismo motivado pela política e todas as formas de exacerbação dele que engendram a paixão desmedida na massa e no endeusamento do líder que comanda a nação.
Patriotismo é, pois, o amor pela pátria e que se manifesta através do serviço, da preservação e dedicação à comunidade que a pessoa sente e sabe pertencer, sua cultura, família, história e língua.
É o contrário da globalização predatória, do mundialismo da relativização dos valores, do mero interesse comercial entre nações que reduz o ser humano a uma questão mercadológica.
A ideia de negação ou até mesmo de destruição da pátria é sempre presente, mas o patriotismo como virtude é o contraponto necessário para mantê-la viva.
E por muitas vezes, historicamente, a pátria é encarnada por uma só pessoa que carrega a virtude do patriotismo e é caracterizada pela coragem, sacrifício e valores perenes.
O encontro do filósofo Jean Guitton com Charles de Gaulle dá uma real dimensão sobre isso.
Guitton havia escrito um livro sobre Joana d’Arc e, em 1961, foi apresentá-lo a De Gaulle.
O filósofo descreve o encontro:
“Ele o tomou em suas longas mãos, folheou-o, depois murmurou:”Em uma época em que todos ao redor dela estavam incertos, confusos, desesperançados. Joana, apoiada em sua consciência, sua inspiração e também nas vozes que ela dizia virem do céu, encarnava a substância, a essência, a eternidade da pátria.”
Recent Comments
ODILON SILVEIRA SANTOS ROCHA
Excelente.
Patriotismo, como muito bem colocado acima, também é um componente moral.
guedesebraga
Texto dedicado a todos os verdadeiros patriotas brasileiros, em especial ao Cel. Odilon Rocha. (Do autor).