O Sofisma da falsa analogia e a questão da Prudência conforme as linhas mestras da filosofia Aristotélico-tomista
O Sofisma da falsa analogia e a questão da Prudência conforme as linhas mestras da filosofia Aristotélico-tomista
Sofismas são argumentos falsos para induzir outrem em erro. É um raciocínio errado com aparência de verdade.
O sofisma da falsa analogia consiste em concluir uma coisa pela outra apesar de sua diferença essencial, tomando-se por base um aspecto semelhante.
Um exemplo disso pode ser visto até mesmo numa obra de um confrade de Santo Tomás de Aquino.
No livro “Gosto de Uva”, o frade dominicano, Frei Betto, nas págs 221/222, comete essa falha quando discorre sobre a ética da militância, colocando Jesus Cristo, Gandhi e Che Guevara no mesmo patamar ético em razão de terem se sacrificado por uma causa.
Como sabemos, o Cristo deu a vida, por Amor, para salvar a humanidade do pecado e da morte; Gandhi foi assassinado e a causa dele era libertar a Índia do jugo da Inglaterra; Guevara morreu em combate, defendendo a causa comunista.
Jesus Cristo, o Filho de Deus; Gandhi, líder indiano pacifista; Guevara, médico argentino e guerrilheiro. Poder-se-ia listar mais características essenciais de cada um deles para demonstrar o uso do sofisma da falsa analogia nesse caso.
Talvez tenha faltado ao ilustre frade a observância do “Tratado da Prudência” de Santo Tomás de Aquino, questões 47 a 56, segunda parte da segunda parte da Suma Teológica. Prudência, então, a virtude da decisão correta com base na reta razão a partir da eustochia que é conjecturar bem.
Aconselhar e decidir corretamente, usando a razão, sem paixões, interesses oportunistas, sentimentos piegas, etc. Por isso mesmo, na questão 47, artigo 9, o Aquinata cita Santo Agostinho, que atentamente diz: “a prudência está alerta e diligentíssima, para que não aconteça que venhamos a cair pelo mau conselho que se insinua pouco a pouco”.
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