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O Papa, a pena de morte e a guerra justa. Reflexões à luz da encíclica Fratelli Tutti. A perigosa visão de Bergoglio sobre esses assuntos.

O Papa, a pena de morte e a guerra justa. Reflexões à luz da encíclica Fratelli Tutti. A perigosa visão de Bergoglio sobre esses assuntos.

“Para o triunfo do mal só é preciso que os bons homens não façam nada.” (Edmund Burke)

Assunto polêmico, a pena de morte volta ao debate na França, nos EUA e no Brasil. Foi assunto também do sétimo capítulo da encíclica Fratelli Tutti.

O Papa Francisco, já faz algum tempo, alterou o catecismo em relação à pena de morte.

“Hoje, cresce a consciência que a dignidade da pessoa não se perde mesmo após cometer crimes graves”, afirmou o Papa.

Essa foi a principal justificativa do Sumo Pontífice para abolir a pena de morte e reformar o catecismo nessa questão.

Ele “atualizou” o pensamento católico em algo que deveria ser concebido não só em relação à dignidade do ser humano, mas também em consonância com a Bíblia, o magistério católico, o merecimento e a justiça.

Agora, com a encíclica Fratelli Tutti afirma veementemente:

“O homicida não perde a sua dignidade pessoal…e o próprio Deus Se constitui seu garante”

Já mencionamos, neste blog, o caso de Jacques Fesch que cometeu assassinato, converteu-se, foi executado e aceitou o seu destino. Realmente, acreditamos que ele não perdera a dignidade e, em alguns outros casos, podemos compreender isso, mas a pena não deixa de ser merecida. Fesch, que pode ser proclamado santo um dia, assim a aceitou.

Na Bíblia, em Mateus 18, Nosso Senhor Jesus Cristo fala sobre pessoas que fazem mal às crianças e diz: “Melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e se submergisse na profundeza do mar”. Seriam dignos também na visão Bergogliana?

Tomemos, então, aquelas justificativas e a coloquemos no plano da realidade, a partir de alguns exemplos e atestaremos o erro:

“A dignidade da pessoa não se perde mesmo após cometer crimes graves”.

Ou seja, Hitler, Stálin e Mao caso fossem capturados, certamente, seriam julgados e penalizados com a morte.

Mas, na ótica desse Papa, eram homens em que a dignidade humana estaria intacta e não deveriam ser executados, pois cresceu, ao longo da história, a consciência que a dignidade da pessoa está mantida mesmo após cometer crimes graves, como, por exemplo, matar milhões de pessoas.

Fomos buscar exemplos históricos, mas será que, na visão de Bergoglio, os assassinos do famigerado Estado Islâmico que decapitam cristãos também nunca perdem a dignidade e não merecem uma guerra e a pena de morte?

Para ele, realmente, nem mesmo guerrear se pode contra esses seres hediondos, pois também afirmou no capítulo 7 da encíclica:

“Hoje, já não podemos pensar, como no passado, numa possível guerra justa.”

Se o homicida é garantido por Deus e não existe mais guerra justa, como encorajar homens bons e justos a combaterem o mal?

Na verdade, para se abolir totalmente a pena de morte e impedir a guerra justa, necessário seria acabar a maldade no mundo, o que é impossível.

Essa visão Bergogliana da abolição da pena de morte relacionada somente a uma hipotética dignidade humana de homens malditos e a impossibilidade de se lutar uma guerra justa é bem perigosa e nos parece uma defesa camuflada da maldade.

Leia também “O criminoso como oprimido social na visão marxista e de como essa concepção é contrariada pela grande literatura e pela trágica e edificante história de Jacques Fesch

Confira também o texto “Papa Francisco e o pedido de perdão seletivo

Publicado no blog Guedes & Braga.

# Reflexões à luz da encíclica Fratelli Tutti

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Luís Fernando Pires Braga

Advogado.

View Comments

  • Excelente e oportuna exposição, exatamente em um período que temos visto o "representante de Deus" manter um mutismo covarde e antinatural, em relação às perseguições aos cristãos.
    Agora, usa as técnicas da desensibilização do ato criminoso, quando não, cruel, e da sensibilização tóxica, para com a pessoa do criminoso, utilizando-se de paralogismo.
    Ou será um sofisma?
    Vergonhoso.

    • Obrigado Odilon pela sua exposição. Realmente é um caminho perigoso esse que o Papa está seguindo.

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