“A Pacificação da angústia” em Cristo por François Mauriac.

“A Pacificação da angústia” em Cristo por François Mauriac.

“A Pacificação da angústia” em Cristo por François Mauriac.

François Mauriac, Prêmio Nobel de Literatura de 1952, escreveu o “Filho do Homem” em 1936 e refletiu, entre outras coisas, sobre a angústia e como esta é pacificada por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Mauriac, outrossim, refletiu também sobre os “crimes da vontade de dominar a que se reduz a História visível” e de como isso é fonte de angústia para o ser humano.

Naquela época, já havia a consolidação dos terríveis totalitarismos: Comunismo, Nazismo e Fascismo.

Em nosso tempo, esses “crimes da vontade de dominar” também estão presentes e podemos dizer que vão desde o “Nazismo sanitário” até a imposição de um totalitarismo global e tecnológico, sob a aparência do bem, contrário ao cristianismo.

O texto a seguir é um brado de esperança inextinguível e é com ele que me despeço este ano, desejando a todos um Natal livre de toda angústia:

“Nossa esperança, no entanto, não se refere apenas à eternidade, mas também ao sombrio mundo dos vivos. Pois os crimes da vontade de dominar, a que se reduz a História visível, não impedem que o fermento, de que fala o Cristo levede infatigavelmente a massa humana. O fogo que Ele veio lançar sobre a terra nunca se extingue (…)”

“Venha a nós o Vosso Reino”, imploramos no Pai Nosso; somos milhões e milhões de criaturas a repeti-lo há quase dois mil anos, depois que nos foi ensinada essa oração, na certeza absoluta de sermos atendidos, um dia. Já o fomos, entretanto; o Reino já chegou, encontra-se no meio de nós, dentro de nós, de maneira que nunca fomos vencidos senão na aparência: e como a angústia é a própria condição de nossa paz, a derrota é a própria condição de nossa vitória. “Tende confiança, Eu venci o mundo.” Aquele lançou tal desafio ao mundo, fê-lo justamente na hora em que ia ser traído, ultrajado, ridicularizado, pregado no patíbulo do escravo.”

“São Paulo nos diz que a criação inteira geme e sofre as dores do parto. Nossa angústia é a que sugere um parto que parece interminável à criatura efêmera que somos. Sabemos, entretanto, nós que perseveramos na fé, qual será o seu têrmo. Aos que sucumbem à angústia e estão prestes a desanimar, só podemos contrapor o que São Paulo afirmava aos fiéis de Roma: “Quem nos apartará do amor do Cristo? Será a tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a miséria, o perigo, a espada? Em todas essas provações somos, no entanto, vitoriosos, graças Àquele que nos amou”.

Feliz Natal!

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Publicado no blog Guedes & Braga

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Luís Fernando Pires Braga

Advogado.

Recent Comments

  • ODILON ROCHA

    Belo texto, caro Luís Fernando.
    Igualmente, um feliz Natal!

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