Estadistas e heróis.

Estadistas e heróis.

Estadistas e heróis.

“Estes, através de todos os seus atos, estão lutando pela liberdade, em meio às vicissitudes da liberdade. Conhecem os perigos que os rodeiam. Consideram compensador o risco enfrentado, pois está em jogo o mais precioso bem da humanidade. São dotados de coragem, sagacidade, paciência”, assim bem definiu Karl Jaspers os Estadistas. São o contrário de ditadores, populistas ou qualquer outro tipo de político que cultue a própria personalidade.

Pois bem, eventos de grande envergadura política necessitam de políticos devotados a grandes causas. Quanto pior for a situação, melhor tem que ser o político.

Tivemos Estadistas e heróis no Século XX a exemplo de Churchill e De Gaulle, que lutaram contra um grande mal naquela época (A Segunda Guerra mundial) e garantiram a liberdade. Esta, diga-se bem, em consonância com justiça, segurança e decência.

Já o fim da “Guerra Fria” teve outros Estadistas-heróis.

Os três “atores” principais, para que isso ocorresse, segundo o historiador Paul Johnson, foram Ronald Reagan, Margareth Thatcher e João Paulo II.

No ensaio “A heroica trindade que domou o urso: Reagan, Margareth Thatcher e João Paulo II”, ele escreveu:

“Essas pessoas ganharam a guerra fria, desmontaram o império soviético e eliminaram o comunismo como malévola força mundial: o Papa João Paulo II, Margareth Thatcher e Ronald Reagan. Trabalharam em acordo não-oficial, e talvez jamais saibamos qual dos três foi mais importante. João Paulo solapou de fato o Império do Mal (expressão de Reagan) no elo mais fraco, a Polônia, onde teve início o processo de desintegração. Margareth Thatcher revigorou o sistema capitalista, começando um movimento mundial para reduzir o setor público com um novo termo, “privatização”, e destruindo o sindicalismo militante. Reagan devolveu aos Estados Unidos a autoconfiança perdida e, ao mesmo tempo, testou o poder soviético até a destruição. Todos foram heróis. Cada um de forma diferente.”

Em nosso tempo, o Império Soviético, sob nova roupagem, voltou à ação com ferocidade total; o sistema capitalista, degenerado, assume formas como a vertente woke ou se alia ao que resta do comunismo ou ao hedonismo mais podre, visando à dominação e a transformação cultural; os EUA, além de terem perdido a autoconfiança, perderam a autoridade e, por conseguinte, a capacidade de liderança; o Vaticano, cedendo às pressões modernistas de todos os lados, tem, em seu comando, um Papa dissimulado que não honra a cátedra petrina.

O quadro atual de lideranças e situações, brevemente descrito acima, é o caminho acelerado para destruir o que resta de nossa civilização ocidental.

O mundo estará perdido se a cada geração não surgirem Estadistas, que diante de circunstâncias terríveis não tenham medo e ajam, caso necessário, com o devido heroísmo para salvar a sua nação ou mesmo a humanidade perante uma situação desesperadora.

Leia também:

Uma breve reflexão sobre a Guerra na Ucrânia. O conflito entre a “tirania da bota na cara” versus a “tirania do bem”

Guerra, aborto e lideranças mundiais

Publicado no blog Guedes e Pires Braga

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Luís Fernando Pires Braga

Advogado.

Recent Comments

  • ODILON ROCHA

    Excelente exposição.
    Retrato fiel da atualidade.
    A pusilanimidade, a fraqueza de caráter e a falta de objetivos cristãos cobrarão caro.

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