São Maximiliano Kolbe, Dr. Freud e Viktor E. Frankl

São Maximiliano Kolbe, Dr. Freud e Viktor E. Frankl

Kolbe.
Fonte da foto: 517#imgrc=4GUz8fGG5JPHgM

São Maximiliano Kolbe, Dr. Freud e Viktor E. Frankl

De: Luís Fernando Pires Braga

Dr. Freud disse, certa vez, que em se colocando um grupo diversificado em situação análoga de fome, as diferenças individuais sumiriam e em seu lugar apareceria a necessidade instintiva da alimentação. Ou seja, todos seriam animais em busca do alimento.

Padre Maximiliano Maria Kolbe foi preso enquanto a sua terra natal, a Polônia, era ocupada por nazistas e foi levado ao campo de concentração de Aushcwitz.

Dentre as práticas de tortura dos nazistas, destacava-se a desumanização do indivíduo, liquidando qualquer traço de personalidade até levá-lo à loucura ou à animalidade puramente instintiva.

Um companheiro de prisão dele era Franciszek Gajowniczec que fora escolhido
junto a mais dez prisioneiros para pagar por um “crime” que não cometeram.

Furtou-se comida dos alojamentos da prisão e, como os nazistas não sabiam quem era o autor, resolveram penalizá-los com o confinamento na “cela da fome”.

Padre Maximiliano não estava entre os escolhidos.

“A cela da fome” era um buraco feito no subsolo do referido campo, onde os condenados eram colocados nus para morrerem de fome debaixo da terra, chegando ao ponto de uma animalização plena e, talvez, até entredevorarem-se ou inanes falecerem.

Franciszek, judeu, chora na hora da escolha e acredita ter vivos, ainda, mulher e filhos.

Padre Kolbe, então, diz: ” vou no lugar dele”. E vai. Os nazistas riem e o mergulham no inferno sob a terra junto com os outros nove.

Passa, assim, o padre Kolbe, a consolar os seus companheiros de infortúnio, pregando e livrando-os do desepero até a hora fatal.

Dez dias depois do encarceramento,padre Kolbe continua vivo.

Os nazistas o retiram da “cela da fome” e o assassinam com uma injeção letal de ácido carbólico.

Viktor Frankl esteve preso na mesma época, em Auschwitz, com padre Kolbe.

Seu relato no livro “Em busca de sentido. Um psicólogo no campo deconcentração”, sobre a concepção de Freud e a experiência do Padre Kolbe, diz a verdade e ensina um caminho a seguir:

“Graças a Deus, Sigmund Freud não precisou conhecer os campos de concentração do lado de dentro. Seus objetos de estudo deitavam sobre divãs de pelúcia desenhados no estilo da cultura vitoriana, e não na imundície de Auschwitz. Lá, as diferenças individuais não se apagaram, mas, ao contrário, as pessoas ficaram mais diferenciadas, os indivíduos retiraram suas máscaras, tanto os porcos como os santos. E hoje não se precisa mais hesitar no uso da palavra santos. Basta pensar no padre Maximiliano Kolbe, que foi deixado passando fome e foi assassinado através de uma injeção de ácido carbólico em Auschwitz.”

“Naturalmente, você pode perguntar se realmente precisamos referir-nos a santos. Não seria suficiente referir-nos a pessoas decentes? É verdade que elas formam uma minoria. Mais que isso, sempre serão uma minoria. E, no entanto, vejo justamente neste ponto o maior desafio a que nos juntemos à minoria.”

Como bem disse Frankl: “não se precisa mais hesitar no uso da palavra santos”.

Em 1973, Padre Maximiliano kolbe foi beatificado por Paulo VI.

Em 1982, João Paulo II o canonizou.

Franciszek Gajowniczec estava presente no Vaticano.

Para ler sobre a convenção do Vaticano sobre inteligência artificial, clique aqui.

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Luís Fernando Pires Braga

Advogado.

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