A consolidação da pós-cristandade. A civilização global, tecnológica e “científica”
Como C.S. Lewis advertiu, a modernidade, essa nova forma civilizatório-cultural, não guarda relação com o cristianismo nem com o bom paganismo.
E essa “nova civilização”, vem se consolidando de maneira implacável, em grande parte do mundo, com seus líderes e seguidores a formular o “moderno credo anticristão”, como disse Bento XVI.
De certo modo, foi essa a constatação de Dom José Gomes, Arcebispo de Los Angeles, EUA, na apresentação do “Congresso Católicos e vida pública”, que ocorreu recentemente na Espanha.
Ele disse:
“Em nossos países surgiu certo tipo de líderes elitistas que têm pouco interesse na religião e nenhum vínculo real com as nações em que vivem ou com as tradições locais”.
Continuou:
“Esse grupo, que é responsável pelas empresas, governos, universidades e meios de comunicação, e que se encontra também nos estabelecimentos culturais e profissionais, quer estabelecer o que chamaríamos de civilização global, baseada numa economia de consumo e governada pela ciência, tecnologia, valores humanitários e ideias tecnocráticas sobre a organização da sociedade.
Esses “valores humanitários”, frisemos, relacionam-se com a manipulação da ciência ou cientificismo, a tecnologia e o coletivismo consumista, não com a ética e a religião.
São também relacionados a uma espécie de antropocentrismo tecnológico que dá uma suposta elevação e liberdade ao indivíduo, quando, na verdade, torna-o refém e dependente psicológico dos artefatos tecnológicos e da organização tecnocrática da sociedade.”
Crédito social, transumanismo, Metaverso (realidade virtual extrema), experiências genéticas com embriões e a produção de quimeras humano-animais, colonização interplanetária como alternativa salvífica para os seres humanos, reprogramação celular, visando à imortalidade, “Nazismo sanitário”, entre outras vertentes, são exemplos dessa nova civilização global, tecnológica e científica.
Somemos a isso, o que relatamos em “A Pós-cristandade de C.S. Lewis” e teremos a desgraça perfeita:
ideologia de gênero, relações interpessoais superficiais, totalitarismo digital, aborto, eutanásia, suicídio assistido, a idolatria do corpo, a liberação das drogas, o fanatismo ambientalista, a distorção do conceito de famíla (destruição da família cristã), a tara sentimentalista por animais irracionais, a democracia totalitária, o cientificismo, a crença no alimento puro, orgânico e a longevidade sem sentido, etc
Caso tudo isso se concretize, total ou parcialmente, restará aos cristãos e aos homens de boa vontade fazer o que dizia T.S. Eliot sobre lutar o bom combate e perseverar:
“Combatemos por causas perdidas porque sabemos que nossa derrota e desalento podem ser o prefácio da vitória de nossos sucessores, ainda que tal vitória seja temporária; combatemos antes para manter algo vivo do que na expectativa de que algo venha a triunfar”.
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Excelente e resumido artigo.
Esses pressupostos globalistas nada mais são do que um conjunto de medidas de um catecismo que impõem como a "nova moral". Ou é assim ou, então, morre, sucumbe. Dirão eles. Por outro lado, essas ideias e ações são o suporte para essa vida sem Deus, sem valores éticos. Não poderia ser diferente.
Não nos abalemos. Tudo passa. Mantenhamos o nosso corolário cristão sempre firmes e com fé.
Não não deixemos que roubem essa nossa estrela guia.